Será Que Precisamos Mesmo Estudar Mitologia?

"...Ó Efraim, o que tenho Eu com os ídolos?" Oséias 14.8


 ☕ Decidi organizar melhor meus pensamentos sobre porque não estudar mitologia, — especialmente para crianças pequenas. Embora o estudo da mitologia faça parte de muitos currículos clássicos, acredito firmemente que um currículo verdadeiramente cristão não pode caminhar lado a lado com mitologia pagã.

Nos dias de hoje, muitos pais cristãos têm recorrido a currículos clássicos por sua estrutura sólida e didática rica. No entanto, um elemento frequentemente incluído nesses programas — o estudo da mitologia — merece ser cuidadosamente analisado à luz das Escrituras.

O que está sendo apresentado como "formação cultural" pode, na verdade, ser paganismo travestido de educação.

Sei que o principal argumento para apresentar mitologia aos pequenos é porque a mitologia ensina sobre lições de vida e valores morais, alegando que as histórias mitológicas, com seus heróis e vilões, dilemas e desafios, são repletas de ensinamentos. Elas abordam temas universais como coragem, inveja, amor, sacrifício, justiça, traição e perseverança. Através dessas narrativas, as crianças podem refletir sobre comportamentos humanos e absorver lições de moral e ética de forma lúdica e memorável.

Minha refutação simples é esta: A fonte primária de valores e lições de vida para o cristão é a Palavra de Deus, que oferece um guia moral consistente e um modelo de caráter irrepreensível em Jesus Cristo. A mitologia pode ser estudada para fins de compreensão histórica ou literária resumidamente nos anos finais, mas não como base para a formação ética e espiritual.

Mitologia é paganismo, não literatura neutra.

Não podemos ignorar que a mitologia grega e romana é, essencialmente, um sistema religioso pagão, com seus deuses, rituais e crenças que celebram a idolatria e a vaidade humana.

Ensinar isso a crianças pequenas, ainda em formação moral e espiritual, é em minha opinião aquele tempo que não precisamos perder - TEMPO PERDIDO. Não é cultura inofensiva — é idolatria narrada. Você consegue imaginar o povo hebreu na antiguidade considerando levar seus filhos para uma aulinha sobre o deus baal?

Currículo clássico não é sinônimo de currículo cristão.
O fato de algo ser antigo ou “parte da tradição ocidental” não o torna automaticamente bom ou digno de ser ensinado.

Falando da educação clássica baseada nos escritos de Homero e outros, Agostinho escreveu: "[...] ó torrente infernal, em tuas ondas precipitam-se os filhos dos homens, e pagam para aprender tais noções! [...] Homero, inventando tais coisas, reputava atributos divinos a homens viciados, a fim de que os vícios não fossem considerados como tais, e quem os comete parece imitar, não homens corruptos, mas divindades celestes."

A Bíblia já nos oferece o que precisamos

O ensino das virtudes, do caráter e da moralidade não precisa de reforço pagão. A Bíblia é completa. A história do povo de Deus, os ensinamentos de Cristo, os Salmos, os Provérbios — tudo isso forma, instrui, corrige e inspira com autoridade.

“Esses primeiros pais da igreja rejeitaram os clássicos pagãos, os mitos dos pagãos e os contos dos pais gregos ou romanos. Eles preferiam muitos mais que os cristãos estudassem as Escrituras do Antigo e Novo Testamento como currículo básico ” (p. 14)

Currículo não é autoridade.
Por fim, é preciso lembrar: você é responsável pela formação espiritual dos seus filhos, não o currículo. E se algo nele contradiz sua fé, isso deve ser questionado, modificado ou eliminado.

Não é porque algo é antigo ou tradicional que merece espaço em um currículo cristão. E certamente, nada que contradiga o Evangelho deve ser ensinado como se fosse virtude ou cultura.

Cristianismo e mitologia não se harmonizam. São dois caminhos diferentes, com destinos opostos. Um leva à verdade e à vida eterna. O outro, mesmo que se disfarce de cultura, é fruto do erro e da idolatria.

Se queremos formar filhos firmes na fé, precisamos ter coragem de dizer não àquilo que parece bom aos olhos do mundo, mas que é vazio diante de Deus.
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Quero indicar este vídeo de uma mãe bastante experiente: “Por que eu rejeito a educação clássica”.
Embora não concorde com tudo, ela expressa de forma clara muitos pontos com os quais me identifico.
Uma de suas afirmações é: "classicismo é humanismo", entre outras reflexões importantes sobre o tema.
No geral não rejeito o método clássico, mas sim o humanismo contido nele. Acredito que podemos usar a estrutura clássica e algumas ferramentas pedagógicas com abordagem cristã.
O vídeo está em inglês, mas é possível ativar a legenda traduzida para o português.


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💬 E você, o que pensa sobre isso?
Acha que o estudo da mitologia tem lugar em um currículo cristão? Já se sentiu em conflito ao encontrar esse conteúdo nos currículos? Compartilhe sua opinião nos comentários.

Abraços, Magda

2 comentários:

  1. Como mãe educadora, sou grata por sua experiência e percepção sobre este assunto. Mesmo sendo nova no ED e pouco saber, isso me trazia um certo incômodo. Quando em conversa contigo e agora com a leitura desse texto, tambem decidi esperar. Acho tão válido optar e considerar esse ponto de vista. Creio fielmente na completude da bíblia. E isso não é desconsiderar o valor de outros ensinamentos, mas é saber usar (maturidade). Obrigada Magda.

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