56º dia - O homem que calculava

Olá, tudo bem!
Hoje vou compartilhar outra dica de livro muito interessante! Dentro do contexto "livro vivo" que Charlotte Mason trabalha em seu método, esse livro se destaca por ser de uma matéria bem difícil de se encontrar "livros vivos"; matemática. Edições em português não conheço muitos livros deste tipo para esta matéria, se você conhecer por favor compartilhe nos comentários!


As proezas matemáticas do calculista persa Beremiz Samir – o Homem que Calculava – tornaram-se lendárias na antiga Arábia, encantando reis, poetas, xeques e sábios. Neste livro, Malba Taham relata as incríveis aventuras deste homem singular e suas soluções fantásticas para problemas aparentemente insolúveis.
O Homem que Calculava – um clássico brasileiro, já traduzido para o inglês e espanhol – mantém o valor pedagógico comum a toda a obra de Malba Tahan, que, sem perder o clima de aventura e romance da terra das mil e uma noites, ensina matemática por meio da ficção.
O homem que calculava de Malba Tahan

Nos deparamos com essa dica, no livro didático hoje, e lembrei que eu tenho a versão digital para Kindle.
Lemos um pedaço e Carol se empolgou para ler mais à noite. Além de despertar a criatividade, pois o calculista resolve os problemas matemáticos das formas mais inusitadas; o livro tem um vocabulário rico além de curiosidades e cultura do mundo árabe, também apresenta contexto histórico.

Chamo-me Beremiz Samir e nasci na pequenina aldeia de Khói, na Pérsia, à sombra da pirâmide imensa formada pelo Ararat. Muito moço ainda, empreguei-me, como pastor, a serviço de um rico senhor de Khamat. 1 Todos os dias, ao nascer do sol, levava para o campo o grande rebanho e era obrigado a trazê-lo ao abrigo antes de cair a noite. Com receio de perder alguma ovelha tresmalhada e ser, por tal negligência, severamente castigado, contava-as várias vezes durante o dia. Fui, assim, adquirindo, pouco a pouco, tal habilidade em contar que, por vezes, num relance calculava sem erro o rebanho inteiro. Não contente com isso passei a exercitar-me contando os pássaros quando, em bandos, voavam, pelo céu afora. Tornei-me habilíssimo nessa arte. 

Na terceira lua do mês de Rhegeb, do ano de 1258, uma horda de tártaros e mongóis atacou a cidade de Bagdá. Os assaltantes eram comandados por um príncipe mongol, neto de Gêngis Khan. O xeque Iezid (Alá o tenha em sua glória!) morreu combatendo junto à ponte de Solimã; o califa Al-Motacém entregou-se prisioneiro e foi degolado pelos mongóis. 2 A cidade foi saqueada e cruelmente arrasada. A gloriosa Bagdá, que durante quinhentos anos fora um centro de ciências, letras e artes, ficou reduzida a um montão de ruínas. Felizmente não assisti a esse crime que os bárbaros conquistadores praticaram contra a civilização. Três anos antes, logo depois da morte do generoso príncipe Cluzir Schá (Alá o tenha em sua paz!), segui para Constantinopla com Beremiz e Telassim. Devo dizer que Telassim, antes de seu casamento, já era cristã, e ao cabo de poucos meses fez com que Beremiz repudiasse a religião de Maomé e adotasse integralmente o Evangelho de Jesus, o Salvador. Beremiz fez questão de ser batizado por um bispo que soubesse a Geometria de Euclides. Todas as semanas vou visitá-lo. Chego às vezes a invejar-lhe a felicidade em que vive em companhia dos três filhinhos e da carinhosa esposa. Ao ver Telassim, lembro-me das palavras do poeta: “Pela tua graça, mulher, conquistaste todos os corações. Tu és a obra sem mácula, saída das mãos do Criador.” E mais: “Esposa de pura origem, ó perfumada! Sob as notas de tua voz as pedras levantam-se dançando e vêm, em ordem, erguer um edifício harmonioso! 3 Cantai, ó aves, as vossas cantigas mais puras! Brilhai, ó Sol, com a vossa mais doce luz! Deixai voar as vossas flechas, ó Deus do Amor! Mulher! É grande a tua felicidade: bendito seja o teu amor. 4 ” Não resta dúvida. De todos os problemas, o que Beremiz melhor resolveu foi o da Vida e do Amor. E aqui termino, sem fórmulas e sem números, a história simples da vida do Homem que Calculava. A verdadeira felicidade — segundo afirma Beremiz — só pode existir à sombra da religião cristã. Louvado seja Deus! Cheios estão o Céu e a Terra da majestade de sua obra. 

O homem que calculava
Resumo do livro http://www.netsaber.com.br/resumos/ ver_resumo_c_837.html
Site do autor http://www.malbatahan.com.br/
Biografia do autor no site Infoescola http://www.infoescola.com/biografias/malba-tahan/

A matemática deve ser útil; não nos esqueçamos, porém, de que essa ciência é, acima de tudo, uma mensagem de Sabedoria e Beleza.
H. VAN PRAAG À la Découverte de l’Algèbre, 9

Imperdível!

até mais! :D




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